Cada um dá o que tem

Ontem recebi a ligação de uma amiga querida, indignada por causa de uma fulana que andava falando (mal) de mim. Eu dei uma risada e falei pra minha amiga:

- Oh, amiga, relaxa! Não fique assim. Essa história não existe e nem me atinge. Pelo contrário, só me faz rezar pela alma atribulada dessa pessoa.

Então, para tranquilizar a minha amiga (que me defende até debaixo d´água), contei esta parábola:

"Um homem fazia aniversário e recebeu de presente uma caixa com um par de chifres. Ao abri-las, simplesmente sorriu, enquanto o autor do 'mimo' se sentia o grande gozador da festa. Passados alguns meses, eis que aniversaria o 'gozador' que recebe do amigo (aquele que recebeu dele os chifres de presente) um lindo coração de rosas vermelhas perfumadas. Diante de tal surpresa, o homem ficou abobalhado e foi até o amigo perguntar porque ele não lhe fez também uma gozação, já que tinha recebido uma em seu aniversário. O homem, sorridente, lhe respondeu: 'meu amigo, cada só dá o que tem!'

Então expliquei à minha amiga que ela não precisava dar explicações de nada. Os que me conhecem e sabem como sou, nunca acreditariam nas fantasias de uma pessoa insegura, magoada e cheia de veneno no coração que usa a minha imagem para se auto-afirmar. Coitada! Ela não tem noção das coisas que faz! Ela vê em mim uma ameaça constante, quando eu sequer cogito a possibilidade da existência do fato.

Mas, quando se é importante, fazer o que, né?! (Rsrsrs)

Nada do que faz ou diz uma criatura desequilibrada que vive na ilusão e de desilusão, me ofende. Eu tenho aquilo que escolhi. Vivo a vida que construí.

Agora, fico imaginando o que sentimentos ruins como possessividade, ciúmes e obessessão são capazes de fazer a uma pessoa.

Não me regozijo com o infortúnio dela.

Como muito bem escreveu São Mateus em seu Evangelho, palavras do grande líder, Jesus: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem."

Então, aqui vai o meu buquê de rosas vermelhas perfumadas e frescas, num coração.

Afinal, cada um só dá o que tem.

Adryana Araújo