American prince

Era uma noite de sábado, e eu já muito cansada de um dia movimentado.

A cidade era linda, cheia de atrativos, um cenário incrível para muitos passeios e flashes. Eu estava muito feliz! Pensei em tomar aquele banho relaxante e dormir, mas era una linda e estrelada noite de sábado numa das cidades mais lindas do Nordeste Brasileiro. E, como canta Tony Garrido: "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite..."

Subi ao meu quarto e tomei um banho demorado. Deitei-me ainda com o roupão, quando lembrei que havíamos chegado no dia do aniversário do hotel e que lá embaixo, rolava uma festa para os hóspedes e convidados. Então, eu pensei: é noite de sábado numa cidade maravilhosa e tem uma festa me esperando...

Pulei da cama, vesti uma roupa e, ainda de cabelos molhados e sem nenhuma maquiagem, desci. Havia muita gente de todos os cantos do Brasil e de fora também. (Leia-se: gente linda!) Paulistas, cariocas, gaúchos, capixabas, franceses, cubanos, ingleses e americanos (ai, os americanos...). Ah, e nós, cearenses, hehe.

A festa estava animada e eu dei aquela olhada 360 graus para me situar.

Para minha surpresa, percebo que alguém me fita. Olho para os lados, para trás, procuro a pessoa para quem "ele" olha. Mas não há ninguém. Somente eu. Então eu pensei: será que é pra mim mesmo? (Falo assim, porque com tanta menina linda, maquiada e de cabelos escovados, como aquele príncipe - idêntico ao Chris Evans - iria olhar pra mim?) Eu já o havia visto durante o dia no hotel e comentado com as meninas, quem seria aquele "deus grego?"

Sentei-me próxima ao buffet e aceno para minhas amigas. Elas dançam animadas... "Ele" então levanta-se, vai até o buffet, pega um coquetel e depois se aproxima de mim e puxa um papo. Eu, no meu péssimo inglês, falo pouco. Mas ele sabe um pouco de português, um pouco de espanhol e um pouco (um pouco nada, ele fala bem mesmo!) de francês. A conversa fica boa e ele me convida para dançar. Eu fui, claro! Dançamos um pouco e ele me pergunta se eu aceito tomar um vinho com ele no terraço.

Imaginem: vinho (que eu adoro!), um terraço emoldurado por uma lua prateada e uma chuva de estrelas parecendo brilhantes derramados no céu, aquele príncipe que mais parecia ter saído de uma das melhores comédia românticas americanas... Aceitei na hora!

E lá vamos nós tomar o vinho. Ele me leva até a mesa, puxa a cadeira para que eu me sente, como um gentleman que é. E lá a conversa flui... Amigos vem e sentam um pouco conosco... A noite ainda parece uma criança de colo.

Rostos cada vez mais próximos, mãos unidas, um beijo! Parecemos um casal em apaixonado em lua-de-mel, comenta o casal do lado.

Saímos para aproveitar a noite com alguns amigos.

De volta ao hotel, ainda ficamos um bom tempo na sacada, observando o movimento dos carros, o mar, aquele cheiro de brisa e contemplando um ao outro. Pedíamos que aquela noite não acabasse. Foi tudo tão perfeito, tão maravilhoso, que nem em meus mais lindos sonhos, eu imaginei igual.

Ah, o beijo... os beijos... os abraços... as palavras ao pé do ouvido, o toque suave, o coração acelerado, a respiração... Foi meu grande presente caído do céu: my american prince!

Enquanto todos olhavam e se mordiam de inveja, eu aproveitava meu reinado, como a escolhida do príncipe! Me sentia a mais linda de todas! E o detalhe é que ele abria a porta do carro para mim, puxava a cadeira para que sentasse, me elogiava para todos, ou seja, me tratava como princesa! Aliás, era assim que eu me sentia.

Fico, às vezes, lembrando dessa história e percebo que todos os sonhos são possíveis; até mesmo aqueles que não sonhamos.

Fiquem com Deus!

Beijão da Dry.

P.S.: Não foi sonho não, foi real! Muito real!!!